Sou demasiado bom a desaparecer.
A chegar tranquilamente.
E a sair sem deixar rasto
Uma brisa que passa e é esquecida.
Passageiro.
Nómada que marca
e vai
Passageiro.
Não sonho com memórias que posso criar
Passageiro.
Temporário naqueles que toco.
Passageiro.
Flutua por aí, sem vela para seguir o vento
Sonha por inteiro
Sente pela metade
Não o é por escolha
Mas também não segue
contra a sua vontade
Mas por favor,
não me censurem,
estou apenas de passagem.
Afinal de contas,
não sou mais
do que
um mero
passageiro