É giro que as próprias intervenções do narrador tão criticadas pelo mesmo, talvez sejam aquilo que faça este livro se destacar monumentalmente.
Não o recomendaria a alguém que não tivesse lido o “Homem em Declínio”, mas a quem o tenha feito (e gostado), parece me ser uma leitura obrigatória.
Fico impressionado com Osamu Dazai sempre que o leio. A elegância, destreza e o manuseamento dos personagens na sua escrita é sublime.
“As Flores do Riso” apresenta um romance sem grande conclusão e com um resultado talvez oposto ao que Dazai queria. A verdadeira história aqui é contada nos fluxos de consciência que se escondem por detrás daquilo que quis montar.
Nestes mesmos, temos os sentimentos reais do autor perante o que se sucedeu, perante até a sua própria vida e ambições.
Se com o “Homem em Declínio” ficara com suspeitas, agora com o “As Flores do Riso” tenho a certeza, o nome do homem do subterrâneo de Dostoevsky é Shūji Tsushima, ou Osamu Dazai